terça-feira, 29 de março de 2011

Mulher...Será que é homem? Talvez.....Só não duvido do seu PODER!

Querid@s amig@s e companheir@s,

Amanhã estaremos reunidas com a Comissão de Mulheres da Câmara Municipal para discutir a AUDIÊNCIA PÙBLICA: Políticas Públicas para as Mulheres: Que lugar ocupamos na sociedade?

Mulher


Será que é homem?
Talvez... pode ser...
O que não duvido
É do seu poder.
Porém, se não for,
Algo vai mudar.
A mente de todos
Vai-se transformar.
       Roberto Delanne

quarta-feira, 23 de março de 2011

AUDIÊNCIA PÚBLICA: Nós mulheres negras e de periferia queremos ocupar o nosso lugar na sociedade.


Prezad@s Companheir@s,


Como resultado de um trabalho feito com união e seriedade, A Rede de Mulheres da Bahia para Controle Social das Políticas Públicas agendou a Audiência Pública: Políticas Públicas para as Mulheres: Que lugar ocupamos na sociedade? com o objetivo de discutir a implementação de políticas públicas para mulheres negras e da periferia.


Como preparação para esta Audiência e com o objetivo de identificar demandas e uniformizar nossos conhecimentos sobre Políticas Públicas e Controle Social realizaremos oficinas preparatórias para a capacitação de mulheres nas comunidades periféricas de Salvador.
 
Nestas oficinas realizaremos dinâmicas para:

1. o levantamento de demandas e necessidades das mulheres e jovens
negras e da periferia;

2. a sensibilização para a necessidade de um comprometimento das
mesmas com a união do movimento de mulheres e com o exercício da
cidadania e do controle social;

3. a facilitação de conceitos sobre:
   a. Políticas Públicas e o Processo Democrático
   b. O controle social e as representações nos espaços de poder

As oficinas confirmadas são:

1. Subúrbio Ferroviário                                                                2. Calabar
Data: 28/03                                                                                     Data: 30/03
Horário: 14h                                                                                    Horário: 10h
Local: Sofia - Centro de Estudos Plataforma (Escada)                      Local a confirmar

3. Centro Histórico                                                                       4. Sussuarana
Data: 02/04                                                                                     Data: 02/04
Horário: 9h                                                                                      Horário: 14h
Local: Escola do Olodum                                                                 Local a confirmar

5. Kalafat 
Data: 09/04
Horário: 14h
Local a confirmar



A realização desta Audiência é um importante passo para uma política pública que realmente alcance as mulheres e jovens em situação de vulnerabilidade social e a mercê da violência, da doença e da pobreza nas periferias de Salvador. A participação e o compromisso de tod@s é um precedente para a identificação de necessidades coletivas, o planejamento de resoluções e alocação de recursos para execução destas resoluções.

Na força da nossa união e do nosso desejo, temos o poder de influenciar estas resoluções, transformar a nossa realidade e mudar o destino de muitas crianças, jovens, mulheres e homens! Podemos ser 15, 25 ou 35  mulheres nesta Audiência exigindo nosso lugar de autonomia, dignidade e prosperidade, mas queremos e vamos ser mais de 150! Como diz o ditado “A união faz a força” e unidas podemos tudo, só depende de nós!

Divulguem nossa agenda, junte-se a nós e mobilizem mais mulheres para participar das oficinas.


Para confirmação do local e horário das oficinas em cada comunidade entre em contato pelo e-mail:
grupo-da-rede-de-mulheres@googlegroups.com

terça-feira, 15 de março de 2011

"Miséria tem COR e GÊNERO": Palavras da Ministra de Políticas para as Mulheres

A pobreza e a miséria é negra e feminina. Até quando?!?!?

A Ministra de Políticas para as Mulheres Iriny Lopes resume de forma bem clara a necessidade urgente do governo e sociedade civil em investir esforços para a implementação e monitoramento de políticas públicas para as mulheres e principalmente as mulheres negras e de periferia, ou de favelas.

Confira no texto abaixo!

Fonte: http://www.sepm.gov.br/ministro/artigos


Miséria e desigualdade de gênero
Correio Braziliense - 08/03/2011

As desigualdades de gênero, a despeito dos avanços dos últimos anos, ainda estão presentes e se colocam como desafio e motivação na elaboração de políticas públicas. A miséria que atinge 8,9 milhões de pessoas é formada, em sua maioria, por mulheres negras e seus filhos e filhas. A alteração desse quadro não se dá por decreto. O Estado cumpre sua função, quando estabelece políticas públicas em todas as áreas e trabalha com a institucionalização da transversalidade de gênero, raça, etnia e as distintas formas de discriminação na sua ação de governo. Para além das políticas públicas, é preciso mudar uma cultura que tradicionalmente coloca a mulher em posição de submissão aos homens.

Enfrentar a desigualdade de gênero passa por erradicar a pobreza e a miséria, objeto central do governo da presidenta Dilma. Com isso, está colocado para a SPM a tarefa estratégica de intensificar e ampliar a cobertura das suas ações e a articulação com todos os entes federados e a sociedade, na perspectiva de contemplar as mulheres nas políticas públicas, especialmente na promoção de sua autonomia econômica e política.

Isso demanda não só uma ação de Estado, mas requer também um processo de diálogo e sensibilização de todas as esferas de governo para dar concretude às políticas para as mulheres e que signifique uma mudança não só da “situação de pobreza”, mas, também, uma mudança cultural, de valores na perspectiva de uma sociedade com igualdade e sem discriminação, reconhecendo as mulheres como protagonistas dessa construção e não como parte submissa dela.

A Secretaria de Políticas para as mulheres traçou eixos prioritários para atuar nas frentes de erradicação da pobreza e miséria, com ênfase na promoção da autonomia econômica e política, como a ampliação do acesso ao mercado de trabalho, com capacitação e formação profissional; a formalização do trabalho, especialmente o das empregadas domésticas; a criação de linhas de créditos específicas e o incentivo a cooperativas, associações, pequenas e microempresas de mulheres; o aumento da estrutura social de apoio às mulheres para que possam permanecer no mercado de trabalho, especialmente em regiões com concentração de população vulnerável.

O governo federal estabeleceu ser necessário criar e reformar 6 mil creches, sendo 2.100 somente neste ano, selecionando os locais mais carentes. mulheres sem retaguarda acabam recorrendo a empregos informais ou menos valorizados.

Na saúde, a meta é de reformulação do Programa de Saúde da mulher (Paism), ampliação expressiva de diagnóstico e tratamento do câncer de mama e de colo uterino, além da redução da mortalidade maternoinfantil.
 
Outra frente que não terá trégua é o enfrentamento à violência contra as mulheres e, nesse sentido, a defesa da Lei Maria da Penha é fundamental, pois é um instrumento reconhecido internacionalmente como eficaz para erradicar a violência doméstica.

O Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, publicado em 2008 pelo Ipea, joga luz sobre vários aspectos, dentre eles a expectativa de vida: em 2006, enquanto 9,3% das mulheres negras tinham 60 anos ou mais de idade, entre as brancas essa proporção era de 12,5%. Nos homens, os percentuais vão de 7,8% (negros) e 10,6% (brancos). A avaliação do instituto foi de que “essa constitui, portanto, uma das mais perversas facetas das desigualdades raciais existentes em nosso país, pois as únicas justificativas para essas diferenças residem nas piores condições de vida a que negros e negras são submetidos”.

Embora o Brasil tenha avançado neste aspecto, reduzindo em 16% a população de favelas (dados da ONU, divulgado em 2010), sabemos que a maioria é formada por negros e negras, e que são as mulheres que chefiam boa parcela desses domicílios.

Portanto, miséria tem cor e gênero, atingindo mais a população negra e prioritariamente as mulheres. Dessa forma, erradicar a miséria no Brasil significa, necessariamente, acabar com a diferença entre homens e mulheres. O primeiro passo dado pelo governo foi o reajuste de 45% no Bolsa Família de beneficiários com filhos até 15 anos (o aumento médio ficou em 19,4%). Vale lembrar que 93% dos usuários do cartão Bolsa Família são mulheres.

Finalmente, a presença igualitária das mulheres nos espaços de poder é um pressuposto para a democracia. Mesmo sendo quase 52% da população, a representatividade nos Executivos e nos Legislativos não ultrapassa os 10% e no Judiciário bate 15%. As mulheres estão mudando a sua história, e levarão o país a mudar com elas.

Iriny Lopes
Ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres


domingo, 13 de março de 2011

Pobreza e violência: A Rede de Mulheres identificou 4 passos para combatê-las. Queremos saber os seus!!

Querid@s companheir@s,

Nós mulheres da Rede de Mulheres para o Controle Social das Políticas Públicas,  nos reunimos para discutir os passos estratégicos para o monitoramento das políticas públicas em benefício das mulheres negras e da periferia do estado da Bahia.

Nós tivemos uma conversa franca e honesta sobre o propósito do nosso movimento. Discutimos qual seria o papel de mais uma Rede que se forma para discutir os problemas que afetam as mulheres negras e da periferia e de como poderíamos contribuir para uma mudança real.

Algumas de nós, já há algum tempo nesta militância, sentimos que avançamos muito na elaboração dos planos e políticas públicas, porém estamos muito aquém de realmente executar o que se está no papel, sentimos que estamos paradas, pois, após tantos anos de discussões, seminários, congressos e documentos, ainda não vivenciamos uma mudança real na vida das mulheres pobres de periferia que realmente necessitam de uma política social efetiva.

Após um longo diálogo sobre o que já foi feito e o que se precisa fazer, conseguimos identificar quatro passos que achamos são cruciais para a real implementação das políticas públicas existentes:  

1. Precisamos aceitar a importância da política em nossas vidas, exercer a nossa cidadania e reconhecer todo o poder político de uma sociedade unida em prol do coletivo.  

2. Precisamos participar e monitorar o trabalho dos nossos representantes, afinal, somos nós as maiores interessadas em saber como e de que forma os funcionários eleitos por nós, para governar nosso país estão gerenciando nosso dinheiro e nossas riquezas.

3. Precisamos comunicar, claramente e constantemente, aos nossos representantes as nossas necessidades e demandas, afinal, foi para atender às nossas necessidades que eles foram eleitos.

4. Precisamos de união para que possamos em uma só voz ecoar a voz firme e confiante da cidadania feminina e negra.

As palavras nunca conseguirão expressar e representar o poder de um povo unido em favor de uma causa comum. Certa vez um grande ativista negro fez o seguinte comentário “o poder de um povo unido tem um efeito maior do que o de uma bomba atômica”.  Nesta ocasião a bomba atômica a qual Dr. Carlos Moore se referia era a união do povo excluído, em favelas e periferias, da participação social e política do Brasil. 

Daí vem a pergunta– Como nos unir de verdade embora já estejamos juntos em um mesmo movimento a favor de melhores condições de vida de um todo coletivo de pessoas que vivem em favelas e nas periferias?

Será que nós ,povos colonizados de forma separatista herdamos algum tipo de desunião cultural?

Esta pode ser a opinião de algumas pessoas, mas o fato é que há muito não somos povos colonizados e há muito tempo já falamos a mesma língua. Já avançamos muito e precisamos superar qualquer diferença em prol do bem estar comum do nosso povo.

A Rede é de todas nós, somos todas gerentes deste movimento, sugiram mudanças, participem do nosso blog, comuniquem a existência de outras Redes e movimentos, critiquem construtivamente, tragam as suas idéias e inquietações e juntem-se a nós.

Esta é mais uma oportunidade, das que já tivemos e de muitas que certamente virão, de mostrar que estamos ativas, atuantes, unidas e articuladas! 

Um grande abraço a tod@s e uma ótima semana!! 

terça-feira, 8 de março de 2011

FELIZ DIA INTERNACIONAL DA MULHER !


A todas as mulheres amorosas, atuantes, brilhantes, honestas, deslumbrantes e articuladoras um dia muito especial!

Que neste ano e nos muitos anos que virão, nós mulheres alcancemos uma vida com mais dignidade, educação, saúde, união e sucesso.

No mesmo ano que elegemos uma mulher como presidenta, o Dia Internacional da Mulher cai na data mais festiva do ano, O Carnaval, para nós mulheres este é um sinal dos deuses e deusas de que neste ano nós mulheres alcançaremos inúmeras conquistas. 


Vamos todos juntos, homens e mulheres, lutar por nossos direitos, ocupar espaços públicos e de poder, influenciar mudanças efetivas, acabar com o machismo, a violência e a discriminação. Somente com a nossa participação e contribuição o nosso Brasil irá tornar-se uma país verdadeiramente democrático e de todas as pessoas, mulheres, homens e crianças.



VIVA A TODAS AS MULHERES BRASILEIRAS E A TODAS AS MULHERES DO MUNDO!!