Prezadas amigas e companheiras de jornada,
A construção da autonomia, é um processo complexo, envolve muitas ações, jogos vivenciais, articulações e enfrentamento com forças de resistência da inserção das mulheres nos espaços de decisão e poder, principalmente nós mulheres negras e de periferia.
Deste modo, a realização das atividades do março com a culminância do nosso encontro representou um passo, significante na caminhada, foi importante o modo como tudo aconteceu inclusive, os detalhes que cada uma de nós registrou, agora cabe reflexão pois envolve crescimento pessoal e grupal, que precisam ser socializados.
Planejamos esta atividade há aproximadamente dois meses envolvemos muitos personagens, muitos responderam positivamente, alguns ignoraram, outros não acreditaram na nossa capacidade de organização e mobilização, mas a atividade aconteceu de modo exitoso, nos dando oportunidade de acreditar que somos capazes de mudar o modo como o poderopera nas nossas comunidades.
Dentre eles o poder masculino que insiste em sufocar ou usar em seu beneficio a nossa capacidade de, administração e mobilização, ignora que somos mais de 50% da população, 80% são mulheres negras, consideremos aí os dados apresentados no encontro: Salvador tem 41 vereadores apenas 6 são mulheres, 1 mulher negra. O quadro do primeiro escalão formado pelas Secretarias Municipais não tem nenhuma mulher, se tivesse dificilmente seria negra.
Bem agora resta para nós uma saída, organização e investimento pessoal e coletivo para continuar derrubando a trincheira que insiste em permanecer de pé indicando para nós mulheres, que não podemos passar.
Todo o sucesso do encontro ocorreu, com oesforço e empenho de cada uma de nós. As dificuldades fazem parte do nosso crescimento.
Um grande abraço a todas e o nosso obrigada pelo companheirismo
Ligia Margarida
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