sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Eleições 2012: separando o joio do trigo e dando crédito a quem merece crédito


"A Política é o principal instrumento para que se possa pensar o social como espaço organizado: instituído, articulado por conflitos, antagonismos e hegemonias"
                                                                                                  Marco Aurélio Nogueira

Prezada/os Amiga/os e Companehira/os,
Atentas ao momento político em nossa cidade assistimos alguns programas do horário eleitoral, através da TV e do rádio, ferramentas midiáticas que entram em nossos lares, “autorizadas” para nos informar do projeto político de cada um dos candidatos. Nós precisamos analisar cuidadosamente a situação definida e imposta a sociedade por aqueles que têm interesse em tentar nos convencer, a votar nas suas propostas.
O modelo é o mesmo dos anos anteriores candidatos a vereador e prefeito colocando suas possibilidades de fazer as políticas acontecerem, muitos utilizando belos artifícios visuais para nos sensibilizar e convencer a acreditar nas suas potencialidades, alguns querendo reeleição, outros pregando renovação, todos imbuídos das mais nobres intenções.
Com certeza teremos vencedores para ocupar o espaço do executivo e as cadeiras do legislativo. No dia primeiro de janeiro de 2013 inicia-se um novo período, é neste momento que se inicia a participação importante do nosso grupo, que não pertence aos quadros partidários dos partidos políticos, e sim ao quadro social imenso que forma a sociedade civil, com autonomia política para bater palmas aos que proponham ações efetivas, para melhorar o quadro de decadência que vivemos com o aumento da desigualdade social e violência; ou criticar aqueles que querem ocupar o espaço do poder público apenas para, ter o orgulho de estar no “poder” e se beneficiar, beneficiar os seus, manipulando os recursos públicos de modo a repetir o mesmo comportamento que abominamos, desde os mais remotos tempos: a exploração do outro em beneficio próprio.
Os que querem reeleição precisam avaliar o impacto das suas ações para os moradores desta cidade. Perguntamos o que foi feito pelos candidata/os eleitos nestes quatro anos? Que mudança houve em nossas vidas, ou na vida da nossa comunidade? Como atuaram para defender a educação pública que é de responsabilidade do município? E com relação a saúde o que foi feito? Na segurança municipal quais foram intervenções? Que incentivo ao esporte e mobilidade urbana foram realizados nas periferias de Salvador? Quais foram os projetos apresentados e em que pé estão?
Como escreveu Aninha Franco, a grande maioria dos candidatos se apresentam com sorriso largo, exibindo dentes bem tratados, cabelos escovados com fios aliados na maior felicidade. Esta apresentação externa e polida se deve a que?
Será que é a certeza que não serão incomodados pelo que não fizeram? Pois não fazemos a nossa parte de acompanhar e monitorar as promessas colocadas nos planos de ação na mídia sem registro cartorial, pois é, promessas políticas deveriam ser registradas em cartório, assim existiria a ferramenta documental para acompanhamento das ações dos vencedores.
Bem, nós que estamos dedicando um bom tempo das nossas vidas para contribuir com a organização do controle social não podemos esquecer: “As mulheres e todos os segmentos historicamente excluídos do poder, interessa, de maneira singular, pensar criticamente a realidade para construir novas hegemonias que lhes permitam, coletivamente, empoderar-se e sair da situação de desigualdade em que se encontram.” (Autor desconhecido, 2012).
Façamos da política um instrumento para melhorar a vida da sociedade, mas façamos isto com autonomia dando créditos a quem merece créditos, sabendo separar o joio do trigo, não se deixando enganar por sorrisos e falsas promessas.
Um forte abraço a toda/os

Por: Ligia Margarida Gomes

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