Prezad@s Amig@s e Companheir@s,
O movimento de mulheres de Salvador faz vigília pelo fim da violência e por creches de qualidade para as nossas crianças!
Queremos educação, autonomia e PAZ!!
A sua presença é importante!!
Convidem amig@s e familiares e juntem-se a nós!
Sem luta não existe vitória! E sem união não existe luta!
Dia: 25 de outubro
Horário: 17h30
Local: LAPA/ Salvador/Bahia
Um forte abraço a tod@s
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Resultado da reunião com o Ministério Público sobre a efetivação do direito à creche
Creches: um pacto pela vida das
nossas
crianças e autonomia das mulheres.
- Crianças afro descendentes em idade inferior a 6 anos têm mais dificuldade para ingressar nas creches e no sistema regular de ensino;
- 84,5% das crianças negras de até 3 anos não freqüentava creches;
- 7,5% das crianças negras de 6 anos estavam fora de qualquer tipo de escola e apenas 41,6% estavam no sistema de ensino seriado.
O extrato acima
é do relatório anual das desigualdades
raciais 2009-2010 no Brasil.
De acordo com os dados do IBGE 2010
existem 165.269 crianças de 0 a 4 anos na cidade de Salvador. O site da Secult indica que aproximadamente 18.000 crianças são atendidas
no sistema CMEIs (Centros Municipais de Educação
Infantil) e em creches conveniadas. E as outras
crianças estão aonde? Quem são ? Onde moram? Como estão sendo tratadas? A quem
cabe garantir a essas crianças igualdade de direitos?
A Rede de Mulheres
pelo Fortalecimento do Controle Social,
realizou um Seminário para discutir a situação da Política de Creche em
Salvador nos meses de julho e agosto de 2011, foi um debate rico com muitas
manifestações. Ontem dia 05 de setembro, entregamos no Ministério Público o
resultado das discussões e assinaturas de mães e pais de crianças que estão
fora de creches de bairros que não tem este equipamento.
Muita Paz!!
Carta do Movimento de Mulheres do Subúrbio e Periferia
Prezadas amigas e companheira de luta,
Leia na íntegra a carta do Movimento de Mulheres do Subúrbio e da Periferia de Salvador solicitando respostas em relação a sua representação na Conferência de Políticas para Mulheres em Brasília.
Quem cala consente
Em qual prática política se aprende a usar de uma fragilidade, para tumultuar? Com quem aprendemos a recrutar militantes para inviabilizar um processo e tirar proveito disso? Com quem aprendemos a destituir pessoas usando a truculência? São pequenos exemplos de” malvadeza” e perversidade política que assistimos na Conferência de Políticas para as Mulheres de Salvador.
Enquanto isso, vivemos na nossa cidade a ausência de discussão sobre o modo como o organismo de política para as mulheres funciona, os equipamentos que deveriam atender as mulheres vítimas das mais variadas formas de violência funcionam precariamente, as mulheres das comunidades carentes continuam morrendo vítimas da mortalidade materna e não vemos a mesma articulação que ocorreu na Conferência para resolver a questão.
Vamos aguardar respostas porque é um direito nosso saber quem vai nos representar.
Leia na íntegra a carta do Movimento de Mulheres do Subúrbio e da Periferia de Salvador solicitando respostas em relação a sua representação na Conferência de Políticas para Mulheres em Brasília.
Quem cala consente
Muitas pessoas apostam na memória curta do povo para
cometer atrocidades, impor seus desejos e depois apresentarem-se nos espaços
representando segmentos, que não lhe autorizaram isso.
No último dia 21 de setembro de
2011, Salvador viveu momentos que devem ser refletidos, por isso estamos aqui
utilizando deste instrumento para provocar reflexões esperando que muitas pessoas
leiam e parem para pensar.
Em qual prática política se aprende a usar de uma fragilidade, para tumultuar? Com quem aprendemos a recrutar militantes para inviabilizar um processo e tirar proveito disso? Com quem aprendemos a destituir pessoas usando a truculência? São pequenos exemplos de” malvadeza” e perversidade política que assistimos na Conferência de Políticas para as Mulheres de Salvador.
Assim, não podemos nos calar, pois já
dizia nossos antepassados: Quem cala
consente. Ainda bem que nós mulheres da periferia, vivemos um momento de
amadurecimento político e temos consciência que não podemos mais nos calar.
Os nossos afazeres por vezes desvia a
nossa atenção, para atendimento das chamadas necessidades básicas, afinal as
mulheres negras da periferia são na grande maioria das vezes as mantenedoras da
família. Hoje construindo um novo
momento de fortalecimento mútuo,
estamos aqui, para mais uma vez lembrar que temos memória, publicizar os desmandos
ocorridos na conferência, falar da nossa insatisfação e iniciar aqui um
movimento que exige respeito e lisura nos processos onde temos a obrigação de
respeitar todas as mulheres independente de crença, raça ou partido político.
Não é possível mais manter-se eternamente
no poder na marra, precisamos entender o
quanto é salutar renovar idéias, pessoas e pensamento.
Depois da Conferência Municipal de
Salvador, as mulheres que lutaram tão efusivamente para serem “ delegadas”
estão silentes, afinal foram “vencedoras” tiveram o nome mencionado na lista,
de que modo não as interessa, preparam-se para o outro momento que é a territorial,
afinal a caminhada ainda vai exigir muito esforço, e a meta é chegar em Brasília,
para defender os “interesses das mulheres”.
Enquanto isso, vivemos na nossa cidade a ausência de discussão sobre o modo como o organismo de política para as mulheres funciona, os equipamentos que deveriam atender as mulheres vítimas das mais variadas formas de violência funcionam precariamente, as mulheres das comunidades carentes continuam morrendo vítimas da mortalidade materna e não vemos a mesma articulação que ocorreu na Conferência para resolver a questão.
Seria muito bom que utilizássemos todas
as nossas forças para resolver estas questões e não usar de velhos esquemas e
estratégias para mostrar que temos "Poder”, usando as mesmas armas
utilizadas pelos homens, armas estas que nos nossos discursos reiteradas vezes
condenamos. Que respeito queremos para nós?
Ser delegada na conferência não é para
nós o ápice da questão, protestamos pelo modo como o processo de construção foi
descartado e como se deu o processo de escolha das “delegadas”.
Com dificuldades construímos pela
primeira vez uma Pré-Conferência no Subúrbio e outros bairros da periferia, queríamos
fazer parte da construção, foi um desafio e vimos tudo isso ser jogado fora
desrespeitosamente, por cabeças que se
omitiram, manipularam e prejudicaram o processo.
Naquele dia, muitas mulheres “fortes” usaram
o microfone para impor suas vontades e “bateram na mesa”, em nome da ordem, diante
do manifesto daquelas que se sentiam lesadas. Nós ouvimos velhas frases
próprias dos métodos machistas tão condenados nos discursos das defensoras dos
direitos da mulher.
Em um deles foi, “vocês tem 15 minutos
para compor uma chapa, e concorrer”, sabendo da impossibilidade disto acontecer,
naquele cenário, articulado e montado para vaiar todas que não fosse a Chapa 1.
A sua gana não lhe permitiu perceber que a questão não era criar uma chapa, o
problema era a lisura do processo conduzido de modo equivocado e “malvado” que
insistia em nos lembrar de velhos métodos que queremos esquecer.
Nós mulheres negras do subúrbio e
periferia que participamos da Conferência Municipal de Politicas para Mulheres
de Salvador nos sentimos prejudicadas, queremos mais uma vez, expressar a nossa
insatisfação e dizer que não vamos nos calar.
A nossa luta é por igualdade de direito e
ela não está resumida a um momento de conferência, mas no processo excludente
com que somos tratadas.
Desta forma excluídas que fomos, queremos
saber quem são as entidades que irão nos representar e quem são as
representantes que vão a territorial? Esperamos que a SPM/CMM e a COE,
responsáveis pela condução da conferência possam dar respostas claras e
publicar estas informações, afinal chega de truculência, e vamos de uma vez por
todas esquecer as "Malvadezas", porque nós lutamos para isso e não
podemos concordar que o passado retorne para nos atormentar, enclausurar e escravizar.
Vamos aguardar respostas porque é um direito nosso saber quem vai nos representar.
Assinam este documento
Fórum de Entidades do Subúrbio
Movimento de Mulheres do Subúrbio
Associação Renascer Mulher
Ginga Movimento de Mulheres
Grupo de Mulheres do Sankofa
Grupo de Mulheres de Valéria
Mulheres do Quilombo do Tororó
Mulheres do Núcleo Periferia
Nós contamos com o apoio do Movimento de Mulheres Negras e de Periferia de Salvador para que juntas possamos ter nossas perguntas respondidas.
Muito Obrigada!!
Rede de Mulheres pelo Fortalecimento do Controle Social das Políticas Públicas
E vamos à luta!!
Nós contamos com o apoio do Movimento de Mulheres Negras e de Periferia de Salvador para que juntas possamos ter nossas perguntas respondidas.
Muito Obrigada!!
Rede de Mulheres pelo Fortalecimento do Controle Social das Políticas Públicas
E vamos à luta!!
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Relatório da Reunião Rede de Mulheres no Quilombo do Tororó
Prezadas amigas e companheiras,
Na última reunião da Rede de Mulheres realizada em 17/09/2010 no Quilombo do Tororó a discussão norteou-se no papel da Rede:
- No controle das Políticas Públicas principalmente de Autonomia, Saúde, Educação e Políticas para Mulheres;
- No enriquecimento da formas de comunicação entre o movimento de mulheres ativistas, o governo e a sociedade;
- Como lidar com as divergências dentro do próprio movimento de mulheres, combater interesses individualistas ou essencialmente políticos que não são coletivos.
- A Rede de Mulheres preocupa-se em se manter como um movimento de mulheres da sociedade civil, autônomo, que apóia todas as iniciativas e movimentos sociais que tem como objetivo beneficiar e empoderar mulheres negras e da periferia e a igualdade de direitos.
- É muito importante manifestarmos esta visão da Rede de Mulheres nas reuniões que comparecemos.
- Outro ponto importante é que as representantes das organizações que fazem parte da Rede atuem e participem de forma homogênea para a sobrevivência e fortalecimento do movimento de mulheres.
A Rede de Mulheres tem se dedicado a advogar principalmente no Eixo 1 do Plano Estadual de Políticas para Mulheres:
Autonomia Econômica “eixo a ser discutido na Conferência, promove a autonomia econômica das mulheres garantindo igualdade de oportunidade e tratamento no mundo do trabalho, acesso a emprego, trabalho e renda e garantias trabalhistas no ciclo de desenvolvimento socioeconômico da cidade, fortalecendo sua contribuição à sustentabilidade e preservação do meio ambiente e da biodiversidade; Garantir formação profissional, etc”.
Políticas de Creches: “As creches são estratégias para autonomia das mulheres em várias dimensões, um direito constitucional da criança e um dever do Estado, devendo se implementadas em todos os bairros da cidade, especialmente os mais pobres. Dessa forma, onde surgem Creches, surge renda”.
- Outro ponto importante da reunião foi o papel da Conferência de Políticas Públicas para Mulheres, pois já estamos na III Conferência, realizando a construção do III Plano de Políticas para Mulheres e as duas primeiras conferências não foram avaliadas. Qual o verdadeiro papel das Conferências?
- Dessa forma faremos um ato (Manifesto de Controle Social), na terça e quarta-feira na plenária, com a seguinte faixa: “As Mulheres negras da Periferia exigem implantação efetivas de políticas públicas, com uma superintendente atuante”.
Participação da Rede de Mulheres na reunião que acontecerá no Ministério Público:
A Rede terá uma audiência com a Promotoria, para discutir a Políticas de Creches, principalmente nas comunidades que não tem creches. Nesta reunião levaremos uma lista das crianças de até cinco anos de idade de algumas comunidades inclusive do Quilombo do Tororó, que estão fora de creches por falta vagas ou de uma unidade próxima a sua casa. Os encaminhamentos que foram discutidos no Seminário de Políticas de Creches estão sendo realizados.
Eleições 2012:
A Rede de Mulheres precisa discutir uma posição política na eleições 2012, pretendemos promover conversas com vereadoras eleitas e outras mulheres para identificarmos representantes que tenham compromisso com a Política para Mulheres, incluindo a Política de Creches.
Seminário da Autonomia e Renda:
- Será realizado em 2012 em parceria com a Secretaria do Trabalho e Renda
Próxima reunião da Rede:
- Terceiro sábado de outubro 15/10
- Local: em ambiente lúdico a ser confirmado
- Pauta: Planejamento Estratégico da Rede.
Tatiane Cerqueira
Estudante de Gênero e Diversidade.
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